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A Caixa Econômica Federal nos fará assumir um risco que os alemães não quiseram assumir?

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LEMBRAR É RESISTIR
FUKUSHIMA NUNCA MAIS!
A Caixa Econômica Federal nos fará assumir um risco
que os alemães não quiseram assumir?

Há dois anos, em 11 de março de 2011, o mundo foi abalado pela tragédia de Fukushima, quando um fortíssimo terremoto e um tsunami de grandes proporções foram seguidos pela explosão de uma usina nuclear, que difundiu partículas que continuarão radioativas por muitos anos em várias áreas do Japão.
Ao que tudo indica, a usina continua vazando: há pouco (cf. jornal Asahi Shimbum S.Paulo), foi encontrado nas suas proximidades um peixe com 5 mil vezes mais radioatividade que o permissível. Enquanto isso estão à espera de destino final, numa piscina de refrigeração sujeita a novos terremotos, toneladas de combustível usado que contém grande quantidade de césio-137, um elemento radiativo que conhecemos: em 1987 somente 19 gramas desse césio causaram grande número de mortes em Goiânia.
Estamos aqui reunidos, neste 11 de março de 2013, para nos solidarizarmos com o povo japonês pelo sofrimento que lhe é imposto pelo irresponsável uso da tecnologia nuclear para produzir energia elétrica.
Mas aqui estamos também para denunciar o que ocorre em nosso próprio país. Enquanto a manipulação de elementos radioativos deixou terrenos contaminados até aqui na cidade de São Paulo, grande quantidade de recursos públicos podem ser desviados do atendimento de nossas necessidades sociais para financiar o negócio nuclear: as empresas que lucram com a tecnologia nuclear pretendem que a Caixa Econômica Federal financie a conclusão da terceira usina nuclear brasileira, em Angra dos Reis.
Os fatos explicam: o governo brasileiro contava com um empréstimo de Bancos europeus para terminar Angra III; estes Bancos, por sua vez contavam com a garantia da Companhia de Seguros Euler Hermes, da Alemanha; mas o governo alemão foi questionado pela dupla moral que consistiria por um lado em fechar suas usinas nucleares e por outro ajudar a construção de usinas em outros países; para tentar tranquilizar quem protestava ele pediu ao governo brasileiro garantias e provas de que Angra III seria um “projeto seguro”, segundo as normas internacionais; o governo brasileiro resolveu desistir da negociação com os bancos europeus, provavelmente por não  ter condições de fornecer os estudos exigidos; o lobby nuclear quer então que a Caixa Econômica Federal compense o financiamento perdido.
Diante dessa irresponsabilidade, o que dizer das falhas técnicas ou erros humanos que podem provocar em Angra desastres como o de Fukushima? Além das mais de 150.000 pessoas que vivem nas proximidades das usinas, os milhões de habitantes de São Paulo e Rio seriam facilmente alcançados por nuvens radioativas como as que se espalharam por toda a Europa, em 1986, com a explosão da usina nuclear de Chernobyl, na União Soviética.
O mínimo que nós, cidadãs e cidadãos brasileiros, temos que exigir, antes de se fechar as outras duas usinas de Angra, é que se interrompa a construção de Angra III.
A Coalizão por um Brasil Livre de Usinas Nucleares, juntamente com a Articulação Antinuclear Brasileira, está solicitando uma audiência ao Presidente da Caixa Econômica Federal e à Secretaria Geral da Presidência da República para protestar contra uma decisão de financiamento de Angra III pela Caixa. E conta com o apoio dos brasileiros de bom senso nesta sua iniciativa.
 
NOSSA CAIXA NOSSA USINA, NÃO!
www.brasilcontrausinanuclear.com.br

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